Após ter obtido, por méritos próprios, a liderança da matilha primitiva, Branquinha retirou-se da cidade grande para proporcionar uma velhice tranqüila para Nêne Jorge, único sobrevivente da etnia Setter, de quem cuida com desvelado zelo. Mas Branca Maria tem energia de sobra e por isso, resolveu constituir nova familia, neste idílico paraíso aos pés da Serra do Mar.
Não foi fácil: relacionamentos novos exigem adaptações, o custo da ração esta alto, mas os desafios estão ai para serem superados. Hoje, Branca tem em Lazara e sua filha Chica Cocó, grandes amigas e confidentes. Gigante, provinda dos meios futebolísticos e portanto dotada de grande forma física, é hoje sua ajudante de ordens, seguindo-a em todos os passos e mesmo poupando-a de algumas tarefas nas noites frias da serrania. Os recém chegados Otto e Madalena, salvos na hora H, de destino cruel, já entenderam que o caminho da harmonia familiar passa pelo respeito hierárquico que Branca faz questão de deixar claro, com ternura e firmeza inauditas. Assim é Branquinha, ontem jovem e frágil cadelinha, hoje, grande fêmea que comanda os destinos de sua matilha e é por todos amada e admirada.
por Berenice